quarta-feira, agosto 25, 2010

realidade ,

Estava sentada num banco a ler um livro (...) ao mesmo tempo que ia lendo cada palavra desse livro o meu coração anadava cada vez mais rápido, sentia que a minha vida era completamente igual como descrevia o próprio livro. Sentia que á medida que ia lendo cada letra, cada palavra, cada frase, cada parágrafo, cada página se parecia cada vez mais com a minha vida. Era como se fosse um resumo de tudo o que tenho passado. Quando terminei a leitura, fichei-o suavemente, uma lágrima caio e percorreu muito devagarinho o meu rosto, como se quisesse dizer-me alguma coisa. Queria limpa-la mas algo me dizia para não o fazer. Esperei que caísse, mas não ela não caio secou no meu rosto. Levantei-me, comecei a andar devagarinho. Dei o primeiro passo, o meu pensamento enchia-se de memórias que nunca poderei esquecer. Relembrei todos os momentos no caminho para casa (...) Cheguei a casa, tirei a chave do bolso, abri a porta. Fui até á cozinha e não estava ninguém, chamei pelos meus pais, chamei pelos meus irmãos ninguém me respondeu. Corri para o telefone liguei para o meu pai, para a minha mãe e para o meu irmão e nada. Fui para a sala, sentei-me, agarrei uma almofada e chorei. (...) Momentos depois, levantei-me, caminhei até ao meu quarto e encontrei uma carta em cima da minha cama. Agarrei-a e por fora dizia ' Patrícia ' , assus-tei-me. Abri a carta devagarinho e comencei a ler (...)

" Patrícia, sabems que já chamas-te por nós e não respondemos, já nos tentas-te ligar e não atendemos. Neste momento choras por não nos encontrares. Precisávamos de fazer isto para tu veres que não é ao desapareceres que tudo se resolve. E sabes que nem tudo é culpa tua. Sabemos que estás a sofrer porque não tens atenção e todos os problemas caiem em cima de ti. Pedimos desculpa mas só queremos que percebas que és muito especial para nós tal como os teus irmãos. E não eras tu que tinhas fugir. O teu irmão contou-nos tudo. Sabemos que choras todos os dias, e que por mais que te esforces a fazer tudo o que te pedimos reclamamos contigo. E que te estamos sempre a dizer que nunca fazes nada. Que na verdade é mentira. Não te dizemos onde estamos e sabemos que nos vais procurar. Podes não acreditar mas nós sabemos que apesar de tudo nos amas tanto ou mais como nós te amamos a ti. Precisas de algum tempo só para ti. Pensa e reflecte. Sai quando quiseres, faz o que tu quiseres. Vais ver que tudo o que nós te dizemos é para o teu bem. Queremos que sejas alguém na vida. (...) Voltaremos em breve.

Beijinhos, pai, mãe irmão e irmã. "


Acabei de ler a carta. Nesse momento perdi por completo as forças. Fiquei a ver tudo embaciado, e a cara molhada (...) Sai de casa, procurei-os por todo o lado. Liguei para todos os hóteis da zona e nada. Fui para casa tranquei todas as portas e janelas. Fechei-me no quarto e continuei a chorar (...)

De repente oiço a baterem á porta, era a minha mãe: ' Patrícia, acorda. Já é tarde. O despertador não tocou. '

Sorri e abracei-a com todas as minhas forças. Depois corri á procura do meu pai e abracei-o também. fiz o mesmo com os meus irmãos. Depois disse para mim mesma que tudo não passou de um sonho que me fez ver o quanto estava errada de tudo.

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